LABCINE

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Entrevista de Jane de Almeida sobre Cinegrid para a Agência Fapesp

foto_dentro19792_4Tecnologias do cinema têm aplicações  científicas

11/09/2014

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – No fim de agosto, um grupo de pesquisadores brasileiros transmitiu, ao vivo, uma versão com 15 minutos de duração do filme mudo São Paulo: sinfonia da metrópole, de 1929, em resolução 4K (com definição de imagem quatro vezes maior que os televisores Full HD) do teatro central da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), na capital paulista, para a sala de concertos da New World Symphony, em Miami, nos Estados Unidos.

Simultaneamente, outro grupo de pesquisadores transmitiu, de Miami para São Paulo, também em tempo real, o mesmo filme projetado na sala de concertos da orquestra americana – mas com a trilha sonora, tocada ao vivo por um trio de instrumentistas, com qualidade de som surround (em 24 canais de áudio).

A demonstração, feita por meio de uma malha de 10 mil quilômetros de cabos de fibra óptica submarinos existentes entre São Paulo e Miami e a uma velocidade de conexão de 10 gigabits por segundo (Gbps), é uma das tecnologias de transmissão de imagens de alta definição em redes de ultravelocidade que vêm sendo pesquisadas nas áreas de Cinema e Mídias Digitais.

Além do emprego na indústria do entretenimento, a tecnologia tem sido aplicada em vários campos da Ciência e na divulgação científica e pode ajudar a solucionar problemas observados na internet acadêmica e comercial, apontaram pesquisadores participantes do CineGrid Brasil, congresso internacional realizado nos dias 28 e 29 de agosto no teatro da FMUSP.

“Acreditamos que a imagem em alta definição substituirá o filme em película de 35 milímetros usado até agora pelo cinema, em razão da própria qualidade e pela possibilidade de ser transmitida on-line e em tempo real”, disse Jane de Almeida, professora e pesquisadora do Laboratório de Artes Cinemáticas e Visualização (LabCine) da Universidade Presbiteriana Mackenzie e um dos coordenadores do evento, à Agência FAPESP.

“A perspectiva da imagem em alta definição é tornar possível o cinema ‘expandido’, que extrapola o espaço tradicional das salas de cinema convencionais e permite que imagens em movimento em alta resolução sejam exibidas em tempo real em espaços multiuso e tenham aplicações em áreas como a telemedicina, a astronomia e a microscopia”, avaliou a pesquisadora.

Já Laurin Herr, fundador do CineGrid, afirmou em palestra no evento que os setores de entretenimento, arte e cultura e ciência e tecnologia levam as mídias digitais adiante e compartilham as mesmas necessidades. “As três áreas precisam de mais velocidade e acesso mais fácil à internet, além de computadores e equipamentos mais robustos para armazenar, distribuir e visualizar grandes quantidades de dados”, avaliou.

Continue lendo e assista a entrevista de Jane de Almeida aqui.

 

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Publicado em 12/09/2014 por em Uncategorized.